Comunica O Alfons
O filme é um drama que foca na evolução de 3 personagens base que tem suas vidas entrelaçadas por Mirian, uma vampira milenar que tem o poder de ceder o que parece ser a vida e juventude eterna para todo aquele que ela eleger como o seu parceiro amoroso para preencher a sua solidão e diminuir o fardo que pode ser viver para sempre. Nessa história, apesar de vampiresca, existe algumas individualidades que fazem todo o filme valer a pena.
Somente Mirian é uma “vampira” e ninguém mais será com ela, o que ela pode fazer é lhe ceder mais alguns anos de juventude e vida eterna, desde que esteja ao lado dela e o mais cruel de tudo é que essa juventude tem um prazo que quando cumprido, simplesmente absorve o corpo inteiramente o tornando uma espécie de múmia a qual ela não pode matar jamais, já que cada amante carrega com ele um pedaço irreparável dela. A morte de um, significa também a morte da sua matriz, que no caso seria a Mirian.
Todo o filme trata a morte, até quando não se está falando dela através de uma atmosfera pesada, onírica, com a forma triunfando sobre o roteiro do inicio ao fim do filme. A primeira sequência, com tudo, seja talvez a mais icônica. Quando se percebe que todas as informações básicas do filme estavam sendo dadas durante a apresentação da banda Bauhaus que anuncia em sua música a morte de alguém e tem seus recortes sonoros, feito a medida que se mudava de quadro, é possível observar se formar ali um paralelo fundamental entre a calmaria e o terror que é morrer ou estar morto, afinal, é pavor o que Mirian sente do alto da sua grandeza e eternidade, quando vislumbra a possibilidade de estar novamente só, ou pior, quando se encontra velha e deteriorada. Naquele exato momento, de uma forma tão bem elaborada pelo diretor Tony Scott, você consegue enxergar que a grandeza do filme, vai muito além da atuação sensual da francesa Deneuve ou dos clichês típicos de filme de terror que se seguem no fechamento da obra.
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