Comte e o Positivismo
Augusto Comte, pai da sociologia, é o autor do Curso de filosofia positiva (seis volumes). Tendo seu primeiro volume do curso sendo escrito em 1830, tendo como tema a evolução da ordem social e intelectual. Comte, antigo protegido de Saint-Simon, com o qual, em 1817, trabalhou em parceria direta. Porém, a convivência ficou cada vez mais complicada, fazendo com que a parceria chegasse ao fim publicamente em 1924. A partir de 1924, Augusto, teve uma série de discussões com outros estudiosos, onde buscava desesperadamente e com frustração por reconhecimento e emprego acadêmico, ocorrendo períodos de loucura. Ele casou-se com uma mulher que já fora fichada na polícia como prostituta e, depois separações periódicas, teve seu rompimento definitivo em 1824. Seu Curso, uma dos trabalhos mais importantes da época, colocou-o no mesmo nível de Marx como figura predominante no pensamento social do século XIX. Comte e Marx compartilharam as preocupações do século XIX com as crises desencadeadas pela revolução política e pelo advento do industrialismo. E cada um voltou-se para as conquistas da ciência natural ao procurar desenvolver o entendimento social o qual permitia aos seres humanos utilizarem para o auto-aprimoramento. Para ambos, o desenvolvimento dessa autocompreensão surge como extensão lógica de sucesso da ciência natural. A “hierarquia das ciências”, apresentada por Comte, documentada em seu Curso, expressou uma ideia muito mais direta do que qualquer coisa de Marx. Demonstra-se que uma relação entre as ciências é hierárquica, tanto no sentido analítico como no histórico, sendo este último explicado na “lei dos três estágios” do desenvolvimento intelectual. Analiticamente, esclarece Comte, as ciências formam uma hierarquia de generalidade decrescente, mas de progressiva complexidade. A relação lógica entre as ciências, segundo Comte, ajuda-nos a entender sua formação progressiva como disciplinas distintas na