Computação sem fronteiras
Carlos Rydlewski Montagem sobre fotos Lailson Ssantos e IstockPhoto | CIENTISTA VIRTUAL
Pela internet, o fotógrafo Fábio Bustamente doa o tempo ocioso de seu computador para processar dados de pesquisas de Harvard: "Eu acreditava que ser voluntário era ajudar em creches. Mas isso é diferente. É surreal" | VEJA TAMBÉM | • Quadro: O computador é a rede | • Quadro: Um mundo em que as coisas falam | • Quadro: Energia com QI |
A internet é onipresente na vida de bilhões de pessoas, mas poucas delas são capazes de dizer o que exatamente a define. A resposta mais rápida – ela é uma rede mundial de computadores – dá conta de apenas uma parte do fenômeno. Fica faltando definir o que é uma rede de computadores. Quando se responde a isso, chega-se perto de entender o que a internet realmente é e por que ela tem potencial para revolucionar a vida contemporânea ainda mais dramaticamente do que fez até agora, menos de duas décadas depois do início de sua popularização. A característica fundamental da rede mundial chamada internet é a maneira pela qual os computadores se interligam e se identificam uns aos outros. Computadores são identificados individualmente por seu número de IP, sigla em inglês para protocolo de internet. O IP, com a ajuda de outros protocolos, revela o endereço de rede do usuário, o tempo que passou conectado, se utilizou recursos como blogs e redes sociais, ou quais sites visitou. Nenhum outro meio anterior à internet exigiu do usuário a entrega de tantas informações para permitir o acesso a uma rede de comunicação. Isso pode ter um lado ruim para a privacidade, mas também abre uma fronteira de integração e de uso racional de recursos sem igual para a humanidade. É isso que, no fundo,