Compostos de coordenação
A teoria da ligação de valência foi a primeira teoria mecânico-quântica de ligação a ser desenvolvida, e pode ser considerada uma maneira de expressar os conceitos de
Lewis em termos de função de onda
Postula que:
Quando dois átomos se ligam para formar uma ligação covalente, um orbital atômico de um átomo se superpõe ao orbital atômico do outro e o par de elétrons que se associa a ligação covalente é compartilhado entre os dois átomos na região onde os orbitais se superpõem.
A força da ligação é proporcional à superposição dos orbitais atômicos. Em conseqüência os átomos na molécula tendem a ocupar uma posição em que haja um máximo de superposição entre os orbitais.
Exemplo: a molécula do hidrogênio (H2). Superposição de dois orbitais 1s.
+
+
1s
+
+
=
+
1s
+
H2
Por razões derivadas do princípio de Pauling, somente elétrons com spins emparelhados podem contribuir para uma ligação na TLV.
No exemplo acima, a ligação formada é denominada de ligação sigma (σ).
Uma ligação σ tem uma simetria cilíndrica ao redor do eixo internuclear (eixo z), e os elétrons têm um momento angular orbital zero sobre aquele eixo.
2,1,1 Moléculas diatômicas homonucleares.
São moléculas formadas por dois átomos com ambos os átomos pertencentes ao mesmo elemento.
Exemplo: molécula do nitrogênio, N2.
Para construir a descrição da ligação de valência dessa molécula, consideramos a configuração eletrônica de valência de cada átomo que sabemos ser N 2s2 2p3 ou
2s2 2p 1 2 p1 2 p1 . x y z 12
É uma convenção tomar o eixo z como o eixo internuclear; assim podemos imaginar cada átomo tendo um orbital 2pz apontando para um orbital 2pz do outro átomo (fig.2), com os orbitais 2px e 2py perpendiculares ao eixo.
Uma ligação σ é então formada pelo emparelhamento do spin entre os dois elétrons nos orbitais opostos 2pz.
Os orbitais remanescentes 2p não podem fundir para dar ligações σ porque eles não