Comportamento Externalizante
A criança com comportamento externalizante caracteriza-se por apresentar um padrão persistente de indisciplina marcado por comportamentos impulsivos que causam impacto negativo no seu ambiente, geralmente afetando o rendimento acadêmico e as relações interpessoais.
Achenbach & Edelbrock (1978), citados por D'ABREU & MATURANO (2010), afirmam que os comportamentos marcados por oposição, agressão, hiperatividade, impulsividade, desafio e manifestações antissociais são classificados como externalizantes, em oposição a padrões de comportamento internalizantes – disforia, retraimento, medo e ansiedade.
D'ABREU & MATURANO (2010) acrescentam que atualmente existe a preocupação de pais e professores em relação a tais comportamentos emitidos por crianças na primeira e segunda infância, pois se trata de uma alteração de conduta que parece apresentar crescimento constante e demonstrar resistência às tentativas de controle.
PESCE, R. P. (2009), em seus estudos acerca dos problemas do comportamento externalizante, afirma que segundo investigação de Barkley et. al. (1990), adolescentes com desvio de conduta apresentaram na infância comportamentos externalizantes, associado a uma estrutura familiar menos estável e um maior risco de transtorno familiar.
A relação entre comportamentos externalizantes e pobre rendimento acadêmico é outro agravante e está exposta na literatura (DODGE &ESTUDOS DE PSICOLOGIA, 15(1), Janeiro-Abril/2010, 43-51, PETTIT, 2003). Estudos têm investigado como essa associação influência a trajetória de desenvolvimento das pessoas afetadas. Masten et. al. (2005), citados por D'ABREU & MATURANO (2010), constataram que problemas externalizantes evidentes na infância prejudicam o desempenho escolar na adolescência.
O problema do comportamento externalizante afeta a possibilidade de desenvolvimento como um todo e muitos pais se sentem ou se mostram despreparados quando se trata de corrigir os comportamentos inadequados das suas crianças.