Comportamento do Pinguim

CONSERVAÇÃO EX SITU E/OU IN SITU
COMPORTAMENTO DO PINGUIM-DE-MAGALHÃES (Spheniscus magellanicus Forster, 1781) NO ZOOLÓGICO DO RIO DE JANEIRO

Noemia Falcão Nogueira¹; Ildemar Ferreira².

O Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) é uma ave de vida aquática, que passa a maior parte de sua vida no mar. Durante os meses de inverno do hemisfério sul, podem percorrer longas distâncias, desde suas colônias reprodutivas, até o litoral sul e sudeste brasileiro, podendo chegar doentes às praias e sem conseguir dar continuidade a sua jornada. O objetivo deste trabalho foi observar a evolução da adaptação do comportamento de cinco indivíduos jovens adultos resgatados em praias da cidade do Rio de Janeiro, após reabilitação, em um cativeiro, onde há um pinguim adulto de mesma espécie. A observação foi realizada no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro/RIOZOO, na área externa ao recinto dos Pinguins, onde há o livre acesso para os visitantes. Durante o processo, não houve interferência de observadores no recinto. Foi elaborado um etograma, utilizando o método de amostragem ad libitum, para o grupo e amostragem focal, para o pinguim adulto, em um registro contínuo, no horário das 09:00h às 15:00h, duas sessões diárias, com duração de 1:30h cada, uma vez na semana, entre julho/2013 a julho/2014. Obtiveram-se 180 horas de registro, 15 horas por mês, quando foram identificados e descritos padrões de comportamento, como: repouso, nado, coçar de penas, locomoção, agressividade, social e alimentação. A princípio os cinco indivíduos se agrupavam distantes do pinguim adulto, que agia de maneira agressiva com bicadas. Os cinco pinguins se alimentavam com peixes dados na boca, enquanto o indivíduo já adaptado comia numa bandeja. Ao longo da observação, ocorreu muda das penas, de jovens adultos para adultos, com as demarcações acentuadas. E a alimentação de todos era feita na bandeja. Portanto, ao final do período de observação, embora o registro tenha sido realizado em dias