Comportamento animal
O comportamento animal gera curiosidade desde a época pré-histórica, estudo relatado nas pinturas rupestres, provavelmente para alimentação ou defesa. É um estudo abrangente, entende-se que comportamento animal é tudo aquilo que o animal é capaz de fazer. Até Charles Darwin surgir com a teoria da seleção natural, apontando as diferenças entre as espécies, esse era um ponto esquecido pelos outros pesquisadores. Posteriormente, em 1872, Darwin publicou o livro The Expression of the Emotion of Man and Animals aplicando a ideia de seleção natural ao comportamento animal, ressaltando que este, assim como as diferenças estruturais, sofrem o processo de seleção.
A ciência do comportamento animal possui três abordagens diferentes: a psicologia comparativa, a etologia e a sociobiologia. A psicologia comparativa utiliza-se de poucas espécies para realizar o estudo de mecanismos comportamentais que seriam aplicados a outras espécies também.
A etologia sustenta que o comportamento animal é inato, ou seja, é instintivo e não aprendido. Os três prêmios Nobel fundadores da etologia, Konrad Lorenz, Nikolaas Tinbergen e Karl von Frisch, mostraram quatro mecanismos básicos com os quais a programação genética ajuda diretamente a sobrevivência e adaptação dos animais: os estímulos desencadeantes, os modelos e padrões fixos do comportamento, os impulsos e a aprendizagem programada.
A sociobiologia é, segundo Edward O. Wilson, “o estudo científico da base biológica de todas as formas de comportamento social de todos os tipos de organismo, inclusive o homem”. É a evolução do comportamento social levando em conta a carga genética do indivíduo.
Cada vez mais o comportamento tem se tornado uma ciência multidisciplinar, envolvendo técnicas de outras sub-disciplinas da biologia como a bioquímica, genética, botânica, ecologia, além de manipulações experimentais. Também a matemática, a estatística e ferramentas computacionais e de engenharia têm sido fundamentais em muitos