O Brasil é um país de cultura diversificada e miscigenada, formado pela junção de diferentes povos e costumes. O nativo índio, o negro escravizado os brancos europeus se integram em uma única sociedade de difícil descrição e de grande crítica por diversos autores durante toda a história. Desta junção racial cria-se um desenvolvimento de ideias de formação chamado de “Mito das três raças”, onde tenta formalizar a criação de um novo povo, o brasileiro. No desenvolvimento histórico do Brasil, em ordem cronológica, houve a criação de faculdades de medicina devido à ausência de profissionais formados aqui e pela necessidade de médicos para ajudar a conter o desenvolvimento de doenças pela falta de higiene. Houve também a criação de faculdades de direito para criar uma inteligência local e leis próprias. A terceira instituição criada foi o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1939, responsável por criar concursos relevantes para a descrição da cultura brasileira, como o intitulado “Como escrever a história do Brasil”, onde deixava bem claro a carência e necessidade de uma moldagem cultural e de uma identidade social própria, capaz de descrever o povo brasileiro de uma maneira definida e legal. A ideia da miscigenação foi a vencedora do concurso, e desta ideia de mestiçagem surge então a figura do “malandro”, como um novo “personagem” que caracteriza o povo brasileiro. Embora julgado de diferentes formas pelos escritores e pesquisadores da época, o “malandro” surgiu como uma identidade, o fruto da junção das três raças, onde, embora não esteja na cor, o “malandro” está na alma do brasileiro. A ideia do malandro vem a ser transcrita para o desenho animado de uma maneira bem definida na década de 40 por Walt Disney, quando em turnê pela América do Sul, uma equipe de desenhistas visitaram o país e logo criaram o personagem “Zé Carioca”, um papagaio simpático, sempre com um jeitinho esperto de agir e resolver os problemas, como descreve o velho