competição entre jovens
Falta de orientação e treinos exagerados e pais ansiosos, aumenta risco de lesões e problemas cardíacos e ortopédicos em crianças que se exercitam.
Uma criança sadia, além de não ter doenças crônicas, sabe dicas positivas de alimentação, pratica atividades físicas livremente, sem cobranças ou escolhas determinadas pelos pais. Ela é quem deve escolher o que mais gostaria de praticar.
Em nossa Seção de Cardiologia do Esporte do Inst. Dante Pazzanese de Cardiologia recebemos uma média de 15 crianças/adolescentes por semana para avaliações cardiológicas, e nossa surpresa é que encontramos em muitos, o que chamamos de adaptações fisiológicas do coração de atleta, precoce, nesses garotos. Além disso o início de alguns problemas ortopédicos, pelos abusos e erros dos exercícios, sejam de força (“puxar ferro ou musculação”) ou sejam exercícios de resistência (corridas longas).
Quem deve orientar exercícios é o profissional da área, o educador físico, mas a falta deles e treinos exagerados, para satisfazer pais ansiosos, deixam de lado as recomendações dos ortopedistas pediátricos e cardiopediatras em relação aos exageros desnecessários.
Alguns pais não aceitam derrotas dos filhos que começam a sentir o peso das competições e da pressão por bons resultados. Depois estimulam os excessos físicos, trazendo risco para a saúde e perda do gosto da criança para o esporte. Não são poucos ótimos atletas mirins, que desistem por estarem saturados das cobranças e dedicação exagerada necessária para vencer como atleta.
O nosso banco de dados do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do HCor – Hospital do Coração mostra que 23% dos jovens examinados tem alguma alteração nos exames cardiológicos, variando de benigno ou não, quase que todos sem se queixar de qualquer sintoma.
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