Comparação Othello, Dom Casmurro e argumentação jurídica

Redação e Linguagem Jurídica
Resenha do item “Argumento ad hominem”
Obra a ser utillizada: “Dom Casmurro” de Machado de Assis
No décimo capítulo do livro “Argumentação Jurídica” de Victor Rodriguez, ele define os tipos de argumento ad hominem. A obra escolhida para a intertextualidade da resenha é “Dom Casmurro”, clássico de Machado de Assis.
Trata-se de uma narrativa contada por Bentinho, personagem principal que casou-se com Capitu e tem como melhor amigo Escobar. A obra é conhecida por um possível triângulo amoroso entre os três e o prinicipal debate incitado é de que Capitu teria traído Bentinho com Escobar. Por isso a escolha da obra, Bentinho parece o tempo todo tentando convencer de que seu ciúme personificado realmente existe, ou seja, Capitu realmente o traiu.
Bentinho, como narrador do livro, narra a história com muito ciúmes e imaginação. Daí sua frase no início da obra: “a imaginação foi companheira de toda a minha existência”. livro “Dom Casmurro” aborda temas como ciúme, ambigüidade de Capitu e o modo como a sociedade era organizada. Em alguns momentos do livro, nota-se a utilização do argumento circunstancial de Bentinho com relação a Capitu:
“Capitu, apesar daqueles olhos que o diabo lhe deu... Você já reparou nos olhos dela? São assim de cigana oblíqua e dissimulada. Pois apesar deles, poderia passar, se não fosse a vaidade e a adulação. Oh! A adulação!” (ASSIS, 1963)
É notório que Bentinho oscila durante o livro – descreve uma Capitu inocente em um momento e uma Capitu indecente em outro, como no trecho acima. Ele ofende Capitu não porque ela é “merecedora”, mas porque – como se pode notar ao longo da obra – é uma pessoa extremamente ciumenta. O mesmo acontece quando Bentinho nota a tristeza de Capitu pela morte de Escobar:
“No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver, tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não lhe admira lhe saltassem algumas lagrimas poucas e caladas. (...) Momento houve em que os olhos de Capitu