Comparação do livro “Os Lusíadas” com a adaptação de Rubem Braga e Edson Rocha Braga.
O livro “Os Lusíadas” narra a história de Vasco da Gama que é o comandante de três caravela que estão navegando à caminho das Índias. E nessa viagem, os navegantes portugueses são supervisionados por deuses do Olimpo, que fazem um concilio para decidir o destino dos navegantes. E após várias dificuldades, eles conseguem encontrar o caminho que tanto procuram e são recompensados pela deusa Vênus , que durante toda a jornada dos navegantes se faz uma preciosa aliada.
O livro original, é escrito em dez cantos, que são repartidos em 1.102 estrofes em oitava-rima (ou seja, oito versos por estrofe e rima em ABABABCC). E a adaptação é escrita em forma de narrativa.
Comparação de versos do original com a adaptação:
Livro original:
"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
O mesmo trecho na adaptação:
“- Ó glória de mandar! – disse ele.- Ó vã cobiça desta vaidade chamada fama! Ó engano simulado pelo que se conhece com honra! Que enorme castigo e que justiça impões ao peito que te adora! Que mortes, que perigos, que tormentas, que crueldades experimentas nesses corações! (...)”
Como podemos ver, no livro original, a linguagem é muito mais formal e está em forma de canto. Já na adaptação o mesmo trecho está na forma de uma fala, com uma linguagem um pouco mais simples.
Outro trecho:
Livro original:
- "A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos, e de minas
D'ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias?
O mesmo