Como é feita a nicotina
A fabricação do cigarro começa quando as caixas contendo lâminas (a parte mais tenra da folha) e talos (a nervura principal da folha do fumo) de diferentes tipos de fumo, vindas das usinas de processamento, são desmanchadas e entram nas esteiras transportadoras, em linhas distintas de processamento – as linhas de lâminas e as linhas de talos. O fumo passa por cilindros onde recebe água e vapor, para adquirir maleabilidade. As lâminas dos vários tipos e classes de fumo são misturadas em diferentes proporções, formando o que denominamos de blend. Recebem ainda ameliorantes, umectantes, açúcares e algumas vezes aglutinantes, como ingredientes.
Em seguida, o blend é cortado e seco à umidade que garanta a sua conservação e processamento adequados e é misturado ao talo, que foi também adequadamente processado em separado. As misturas recebem essências (flavours) que caracterizam o sabor e o aroma de cada marca, contribuindo para a característica sensorial final do produto, a sua assinatura. O resultado desta fase inicial é o chamado fumo desfiado, que vai ser utilizado nos cigarros.
O fumo desfiado é então levado através de tubulações para as máquinas de fazer cigarros As quais produzem até 16 mil cigarros por minuto. As máquinas de fazer cigarros têm seu próprio controle de qualidade que, por meio de sensores eletrônicos, eliminam automaticamente qualquer cigarro com defeito, por menor que ele seja. Até setecentos aditivos químicos talvez entrem nos ingredientes utilizados na fabricação de cigarros, mas a lei permite que os fabricantes guardem a lista em segredo. No entanto, constam entre os ingredientes matais pesados, pesticidas e inseticidas. Alguns são tão tóxicos que é ilegal despejá-los em aterros. Aquela atraente espiral de fumaça está repleta de umas 4.000 substâncias, entre as quais acetona, arsênico, butano, monóxido de carbono e cianido. Os pulmões dos fumantes e de quem está perto ficam expostos a pelo menos 43 substâncias