Maconha e tabaco
Maconha é o nome dado no Brasil ao vegetal Cannabis sativa, popularmente como: marijuana, fumo, bagulho, manga rosa, liamba, mulatinho. Sua presença foi relatada no Brasil no século XVIII, para a produção de fibras. A planta Cannabis sativa produz mais de 400 substâncias químicas que interferem na fisiologia humana. Uma delas é o THC (tetrahidrocanabinol) que é a principal responsável pelos efeitos da maconha. Os efeitos da maconha dependem da quantidade, potência da fumaça inalada em termos do THC, personalidade, influência do meio onde se fuma e se esperam certas sensações. Observa-se que depois da inalação da fumaça, os compostos voláteis da maconha chegam rapidamente à corrente sangüínea, através dos alvéolos pulmonares, e logo produzem efeitos. Já o Tabaco é uma planta cujo nome cientifico é Nicotiana tabacum, da qual é extraída uma substância chamada nicotina, seu princípio ativo. A dependência da nicotina é uma das doenças crônicas mais comuns na população. Ao contrário do álcool e drogas ilícitas, a nicotina não causa quadros agudos de overdose no dependente, também não leva a comportamentos agressivos, e nem piora no desempenho na direção de veículos, por isso ela choca menos a sociedade do que outras drogas psicoativas. Porém, o tabagismo, segundo vários estudos, é responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil e quase 50 doenças diferentes. Relataremos no presente trabalho alguns dos efeitos fisiológicos causados por ambas as drogas citadas acima, descrevendo suas principais ações sobre mudanças no funcionamento dos processos cerebrais, na interferência no metabolismo celular e conseqüentes prejuízos fisiológicos, muitas vezes irreversíveis ao organismo humano. Denotar assim, a forma adequada do tratamento e suas possíveis interações medicamentosas para que com tal conhecimento o tratamento tanto farmacológico quanto não farmacológico tenha a eficácia esperada.
2. HISTÓRICO DA MACONHA