Como e porque ocorre o branqueamento de coral
Causadores do estresse que originam o branqueamento: temperaturas elevadas do mar; níveis elevados de raios ultravioleta; condições da luz baixa; sedimentação elevada; doença; salinidade anormal; poluição. Pensa-se que no exemplo do estresse térmico, o aumento da temperatura perturba a capacidade da zooxantelas de fotossintetizar, e pode causar a produção de químicos tóxicos que danificam as suas células (Jones et al., 1998; Hoegh-Guldberg e Jones, 1999).
Assim que a fonte de estresse é removida, os corais afetados podem se recuperar, com os níveis das zooxantelas retornando ao normal, dependendo no entanto, da duração e da severidade da perturbação ambiental (Hoegh-Guldberg, 1999).
O branqueamento do coral é a morte dos pólipos responsáveis pela construção dos recifes de coral, devido a problemas ambientais, como a mudança do clima1 .
A morte dos pólipos ocorre pela destruição das zooxantelas, algas unicelulares que vivem dentro do celêntero dos pólipos e lhes fornecem parte da alimentação necessária, através da fotossíntese, ou por diminuição do plâncton (o outro elemento nutritivo do coral) na área. Quando isto acontece, os pólipos ficam enfraquecidos e morrem, restando o esqueleto calcário que rapidamente fica branco, uma vez que a matéria orgânica se decompõe. Por isso se chama a este processo "branqueamento". O fenômeno de "branqueamento" de coral é um primeiro sinal de alerta sobre a gravidade da mudança que está ocorrendo no ambiente marinho.
A mudança do clima não é a única causa do branqueamento dos corais, embora as variações de temperatura que podem ocorrer numa área oceânica, sem estarem ligadas diretamente aquele fenômeno, também podem causar este problema, uma vez que os corais necessitam para viver de uma gama de temperaturas