Como a sociedade brasileira vem reagindo a violencia decorrente da questão das pessoas com deficiencias
A equipe verificou que violências e violações de direitos, muitas vezes, fazem parte do contexto social e familiar dessas crianças e jovens.
“Concluímos que, quando as deficiências estão associadas a formas de violência e à violação de direitos, as instituições têm desenvolvido estratégias de amparo social e apoio em rede para melhorar a qualidade de vida de seus usuários”, dizem as autoras do estudo em artigo publicado recentemente no periódico Ciência & Saúde Coletiva.
No Brasil, existem cerca de 24,5 milhões de portadores de deficiências. Em todo o mundo, eles chegam a 600 milhões, sendo que 80% vivem nos países em desenvolvimento.
“Estima-se que expressiva parcela de pessoas com deficiência esteja em regiões que não dispõem de serviços necessários para ajudar a superar as limitações, mantendo essas pessoas fora de seus direitos mais básicos”, afirmam as pesquisadoras.
“Pobreza, desigualdade e exclusão produzem múltiplas vulnerabilidades e, quando associadas à deficiência e ao transtorno mental, perpetuam desvantagens cumulativas, reduzindo as oportunidades e até mesmo o discernimento quanto aos direitos e à forma de acesso a eles.
Os deficientes são os mais pobres entre os pobres e permanecerão assim se medidas envolvendo ações em rede, junto às famílias, comunidades, instituições, órgãos governamentais e não-governamentais e programas sociais não forem acionadas”, completam as autoras.
Em outras palavras, embora a violência atinja todas as regiões, idades e classes sociais, quando ela se associa, de um lado, à pobreza e, de outro, à