Como um jogo de Cartas - Carlos Nelson

No texto de Carlos Nelson, é possível analisar a forma como que o autor considera o processo de planejamento urbano, caracterizando-o como um jogo de cartas, trazendo alegorias referentes a cada elemento tratado nesse jogo. Sendo a mesa o sítio em que ocorrerá o desenvolvimento do projeto, as regras com que governos, empresas e a população ditam para o processo de desenvolvimento, as regras do jogo. Tais regras definirão o andamento do jogo e o comportamento dos participantes. Já os naipes, as figuras e os números do jogo seriam os elementos que constituem a base para que se constitua o espaço, a forma como essas cartas forem combinadas determinariam o jogo escolhido para a cidade, o espaço a ser delimitado.
Entendendo, primeiramente, como se constitui um jogo de cartas, temos um conjunto de cartas, mais especificamente, cinquenta e duas cartas divididas em quarto naipes. Naipes estes que foram definidos remetendo-se a sociedade europeia da Idade Medieval, sendo cada um, uma classe, onde copas seria o clero; espadas, a nobreza; ouros, a burguesia e paus, os camponeses e cada carta contendo um número de 2 a 10. Definições a cerca do conhecimento de cada função da carta já se desfiguraram no contexto atual, trazendo um jogo de cartas para os momentos de lazer e descontração, porém, acerca da organização destas que se há a possibilidade de comparar tal jogo ao processo de desenvolvimento urbano.
A partir das definições apontadas no primeiro parágrafo para cada elemento referente ao jogo de cartas, é possível entender, então, a relação existente entre tais elementos com a sociedade e a organização desta. Sendo assim passível o entendimento de que o processamento urbano se dá através de agentes do desenvolvimento urbano que se prontificam a participar do jogo, sendo ideal que tais agentes dominem as regras estruturais e se acertem quanto a sua aplicação, assim como jogadores, ao jogar cartas define-se um jogo específico e a partir dele rotula-se o que deve ou não ser