Como surgiram os correspodentes de guerra
Ellis Ashmead-Bartlett foi um correspondente inglês na Primeira Guerra
Mundial, mas o trabalho de Correspondente de Guerra propriamente dito surgiu na
segunda metade do século XIX, com o envio de repórteres europeus e norte-americanos
para conflitos como a Guerra da Criméia, Guerra do México, Guerra do Ópio, Guerra
Civil dos EUA, Guerra do Paraguai e Guerra Hispano-Americana.
Entretanto, antes mesmo já haviam os chamados "cronistas de guerra", que
produziam relatos sobre os conflitos - sem que houvesse, na época, técnicas de
produção jornalística. O general romano Júlio César, por exemplo, escreveu crônicas de
guerra em seu diário De Bello Galico. A diferença para os correspondentes modernos
é que estes são enviados especificamente para cobrir conflitos para um veículo
determinado (jornal, TV, rádio, revista etc.).
O correspondente de guerra pode ficar baseado numa cidade perto da zona
de conflito (por haver mais infraestrutura e acesso à comunicação com a redação da
sede) ou ir direto para o front de combate, se as condições e os militares permitirem.
Tecnologias de comunicação recentes, como a internet, permitiram maior mobilidade
ao correspondente de guerra, já que ele agora pode enviar textos, sons e imagens de
praticamente qualquer ponto do mapa, incluindo o campo de batalha. O trabalho é de
altíssimo risco, mas cada informação obtida tem valor igualmente alto. Correspondentes
de guerra estão entre as maiores vítimas de casualidades (mortes por assassinatos ou
acidentes) entre jornalistas.
Acima de tudo, não importa o que ou qual assunto o jornalista vai cobrir, o que jamais pode faltar é sobretudo o esforço pessoal, a dedicação e o amor à profissão. Trabalhar em uma situação de conflito não deve ser encarado como privilégio ou vaidade, apenas como mais uma oportunidade de mostrar sua competência e versatilidade em toda e qualquer situação.