Como não lembrar de Dielce?

423 palavras 2 páginas
MULHER METODISTA
DIELCE ROMANO MARTINS RODRIGUES

COMO NÃO LEMBRAR DE DIELCE? Abri meus olhos e vi uma mulher chorando. Cabelos pretos cacheados, emocionada em me ver pela primeira vez. Foi amor à primeira vista, que se prolongou em uma parceria de 47 anos. Ela deu-me um nome: Susana, em homenagem ao fundador do Metodismo e me ensinou a caminhar ”na linha de esplendor sem fim”. Levou-me a Igreja Metodista Central em Santo Antônio de Pádua-RJ e dedicou minha vida a Deus, ainda quando estava em seu ventre. Aprendi com ela, que a casa do Senhor é o melhor lugar onde se pode estar. Ensinou-me a ler a Bíblia, afirmando que era o único livro que o Autor estaria do meu lado, todas as vezes que eu o abrisse. Dialogava com Deus em oração, como quem conversa com um amigo íntimo e era. Diariamente de joelhos dobrados, estava com sua agenda de oração, intercedendo a Deus por sua família, igreja e os pedidos de muitas pessoas. Embalava-me com corinhos e hinos do Hinário Evangélico, com sua voz de lindo contralto. Lia audivelmente a Voz Missionária e o No Cenáculo, realizando o culto doméstico e constatei, que a primeira igreja era o lar. A caçula Maria Adelaide a ouvia atentamente e eu filha primogênita, admirávamos a postura vibrante, a voz potente, da mãe e professora carismática. Lecionou em várias escolas estaduais por 40 anos, influenciando jovens e adultos.
Na Igreja Metodista em Pádua, sentava-se sempre no segundo banco do lado direito, perto do púlpito. Assídua em todas as reuniões e eventos, atuou como professora e superintendente da Escola Dominical, da presidência da Sociedade Metodista Mulheres, como Agente de No Cenáculo e da Voz Missionária, várias décadas. Brincava com ela, dizendo que era “cadeira cativa” dos Concílios Distritais, Regionais e Gerais, indo desde jovem como delegada. Viveu para servir, serviu a Deus com alegria e por isso viveu abundantemente!
Em 2007, percebi sinais

Relacionados