Como Nascem As Representa Es Sobre O Outro Que O Diferente Da Sociedade
Michele Azevedo de Farias – UNIRIO
Disciplina: Currículo
Professora: Claudia Miranda
Pedagogia 2013.2 - Noturno
Introdução
Esse texto nasceu a partir de uma inquietação minha durante uma aula que eu e meus alunos falávamos sobre os índios (Semana do dia do índio – 19 de abril). Essa turma é do quinto ano do Ensino Fundamental. E nessa conversa, perguntei a eles, o que achavam dos índios. E um aluno em especial, levantou sua voz e disse: “Os índios são todos ladrões tia. Eles são burros.” Nesse momento meu coração disparou. E a partir desse momento iniciei um processo de investigação sobre como e porque os índios não são respeitados em relação a sua cultura que é vista como exótica e diferente. Fora dos nossos padrões culturais. Porém que padrões culturais são esses? Quem os implantou? Como foi implantado?
O eurocentrismo e suas marcas na identidade dos brasileiros.
Junto ao início do processo colonizador dos portugueses no Brasil, deu-se também abertura a um processo de dominação e disseminação da cultura europeia como a melhor e correta. Portugueses visto como deuses e índios escravizados e no que importa para esse artigo e tema em questão, catequizados.
Porque catequizar os índio e ensina-los uma nova cultura? Porque coloca-los em roupas europeias, dar a eles espelhos e armas? Qual a intensão verdadeira dos colonizadores?
A primeiro observação que me ocorre a leitura dos documentos quinhentistas e seiscentistas é o estado de guerra em que os portugueses viviam. Por precisarem das terras e por precisarem do braço indígena, puseram-se em guerra contra os nativos. Sujeitados ou amigos, os nativos estavam ali para trabalhar como escravos. Ora, a população nativa era de milhares de vezes mais numerosa, estavam presentes a cada canto, como que fechando o espaço aos portugueses. Havia índio demais para tão poucos portugueses. Como eles se assentariam na terra e