Como medir a produtividade
SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes de
Engenheiro Civil, professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Av. Prof. Almeida Prado, Trav. 02, no 271 São Paulo SP Brasil 05505-900. Fone/Fax: (55) 011 818-5428. E-mail: ubisouza@pcc.usp.br
RESUMO
Este trabalho demonstra as dificuldades em se comparar valores de produtividade da mão-de-obra obtidos com diferentes regras para quantificação. A partir de um estudo de caso hipotético, demonstra que diferentes diretrizes de quantificação podem levar a indicadores que diferem demasiadamente. Indica-se, ao final, algumas breves diretrizes para que os indicadores de produtividade possam ser inteligíveis.
ABSTRACT
This paper shows how difficult is to compare labor productivity indexes coming from different evaluation approaches. Based on a hypothetical case study, it shows these different approaches can produce extremely distinct indexes. It presents, as a bottom line, some ideas about how to calculate labor productivity indexes in an understandable way.
1. INTRODUÇÃO
A mão-de-obra é o recurso mais precioso participante da execução de obras de construção civil, não somente porque representa alta porcentagem do custo total mas, principalmente, em função de se estar lidando com seres humanos, que têm uma série de necessidades que deveriam ser supridas. A medição da produtividade pode ser um instrumento importante para a gestão da mão-de-obra (THOMAS & YAKOUMIS, 1987; SANDERS & THOMAS, 1991; SOUZA & THOMAS, 1996), podendo subsidiar políticas para redução de custos e aumento da motivação no trabalho. No entanto, quando se discute a produtividade, tanto em debates entre profissionais de campo ou especialistas quanto em artigos técnicos sobre o assunto, paira sempre uma grande dúvida sobre como foram calculados os indicadores que estão sendo utilizados. Este autor acredita que a mensuração da