Como foram construídas as pirâmides
1 - Pedras Artificiais
Joseph Davidovits Os inúmeros fatos sem explicação que envolvem a construção das pirâmides levaram muitos estudiosos a buscarem respostas totalmente diferenciadas para a maneira pela qual elas foram erguidas. Um de tais pesquisadores é o químico Joseph Davidovits, professor da Universidade de Toronto, no Canadá, diretor do Instituto de Ciências Arqueológicas Aplicadas (IAPAS), da Barry University, na Flórida, e que ficou famoso por ter sido o criador da química dos geopolímeros, a qual revolucionou a construção civil e a ciência dos materiais. Na obra que escreveu defendendo sua tese — que veremos mais adiante — ele resume as objeções aos conceitos da arqueologia clássica ao dizer que com serras de cobre, é possível cortar madeira, mas não o tipo de granito duro encontrado na Grande Pirâmide. Implementos de cobre, além disso, não poderiam cortar 2,5 milhões de blocos de calcário em 20 anos. Ele informa, também, que a arte de trabalhar o bronze surgiu no Egito cerca de 800 anos depois da construção das pirâmides de Gizé e que o ferro só chegou mais tarde àquele país e continuou raro, mesmo durante o Império Novo. Para começar sua discussão esse autor pondera que a própria existência das pirâmides já fornece a prova mais evidente de uma tecnologia sofisticada muito diferente da nossa. Ele informa que em 1987 foi feita uma datação da idade de diversas pirâmides pelo método do radiocarbono e que os resultados indicaram que a Grande Pirâmide era até 450 anos mais antiga do que a egiptologia clássica havia determinado. Tais resultados foram altamente contestados. O autor observa que, ao contrário do que geralmente se afirma, o tamanho dos blocos não diminui invariavelmente à medida em que a pirâmide sobe. Existem centenas de blocos enormes, só superados em tamanho pelas pedras da base, pesando de 15 a 30 toneladas, mais ou menos no nível da câmara do rei. Eles são tão grandes que ocupam o espaço de dois