Como estrelas na terra toda criança é especial
O grau de solidão por que passa um aluno “diferente”, seja por ser deficiente, seja por apresentar maiores dificuldades de aprendizagem, seja por comportamentos e condutas atípicas etc. O fato é que, para cada uma destas crianças, existe um estigma, porém, não existe na mesma proporção, um apoio em busca de soluções e relação de ajuda.
Esse filme indiano apresenta com maestria a noção de que, enquanto não se altera o ponto de vista sobre a situação-problema, não se consegue uma solução diferente. Afinal, quem faz algo sempre do mesmo jeito, obtém sempre o mesmo resultado.
O menino embora com dislexia, era enquadrado como mal comportado, preguiçoso, malandrinho e tantos outros adjetivos que são de nosso conhecimento e, em algum momento, estiveram presentes em nosso discurso.
Mesmo dizendo aos professores que não conseguia ler porque as letras moviam-se, em momento algum foi compreendido em seu pedido de socorro.
Os pais, após as constantes reclamações vindas da escola, acabam por colocá-lo em um internato, contra sua vontade.
Aliás, vale ressaltar que a única forma de solução buscada eram as punições. Na realidade, imaginavam estar punindo um mau comportamento, mas na verdade estavam punindo uma criança que não conseguia fazer o que lhe era solicitado por haver um problema real impeditivo. Ou seja, como se diz popularmente, eram-lhe oferecidas doses maiores do mesmo remédio.
Até que, em dado momento, um professor percebe o aluno em sua totalidade e inicia sua trajetória por um novo ponto de vista e uma nova solução — não contarei para não estragar a surpresa.
O filme traz à tona uma temática que se tornou comum ao processo de inclusão: a impotência! O que fazer diante de um aluno que