COMISS O DE CONTROLE DE INFEC O HOSPITALAR
Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIHs) atuam para reduzir riscos para pacientes internados
Inimigos invisíveis
R
esponsáveis por prolongar o tempo de internação de pacientes em hospitais em torno de sete dias segundo estudos, as infecções hospitalares representam ainda custo adicional de 25% aos tratamentos. No
Brasil, também são atribuídos a essas infecções cerca de 45 mil óbitos anuais, o que representa 5% de todas as mortes registradas no país em um ano. Aqui ainda é registrada a incidência desse problema em 13% das internações hospitalares, frente à média mundial de 5%, de acordo com o Ministério da Saúde.
A obrigatoriedade de implantação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) em todos os hospitais brasileiros foi instituída pela Lei Fede-
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ral 6.431, de 1997. As comissões previnem e controlam infecções que acometem pacientes hospitalizados. Entre as principais medidas para evitar complicações nos doentes, estão atitudes simples como a correta higienização das mãos, a limpeza e desinfecção ambiental, o processamento adequado de artigos médico-hospitalares, as precauções de isolamento de doentes e o uso racional de antibióticos.
Entre as estratégias desenvolvidas por uma CCIH estão a busca ativa de riscos nas
Unidades de Tratamento Intensivo, de microorganismos em todo o hospital, e a vigilância do cumprimento das medidas de precaução de isolamento de pacientes. Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o predomínio de infecções hospitalares se dá em unidades de tratamento intensivo. Índices de infecção tendem a ser mais elevados também entre pacientes com idade avançada ou em tratamento quimioterápico. Diversos fatores aumentam o risco de infecções em pacientes oncológicos, que podem estar relacionados a alguma característica específica do tumor ou, de maneira geral, às deficiências nos mecanismos de defesa do organismo consequentes do tratamento.
No Instituto Nacional de