Comida alternativa
1.1 Começo da alimentação
Lá no comecinho da história, nossos primeiros ancestrais costumavam andar por aí em grupo, caçando e coletando alimentos. A sobrevivência dependia apenas do que encontravam pra comer e se alimentavam sobretudo de raízes e frutos silvestres.
Em comparação com o longo período em que fomos nômades, a agricultura é uma novidade. Surgiu há “apenas” 10 mil anos, quando se iniciou o cultivo de plantas e a domesticação de animais. Com a possibilidade de fixar-se em um território, o homem fundou suas primeiras aldeias. O tipo de alimentação foi definindo as culturas a tal ponto que alguns historiadores dividem as sociedades tradicionais em grandes grupos representados pelos cereais que estão na base do cardápio: o arroz, no caso da Ásia Oriental, o trigo na Europa e o milho na América.
Por volta de 500 anos atrás, as navegações permitiram a primeira onda de globalização. O impulso para cruzar oceanos e conhecer o que havia do outro lado do mundo deveu-se, em parte, ao desejo de obter novos alimentos. O molho de tomate das italianíssimas massas, por exemplo, é feito com o fruto de uma planta nativa da América Central que começou a ser cultivada pela Civilização Inca. A manga e a berinjela vieram da Índia. O pêssego, da China. A laranja, a banana e a alface também são asiáticas. O brócolis é europeu, assim como o repolho. A batata é nativa do Peru e a cenoura, do Afeganistão. Já a castanha do Pará, o açaí, o caju, a mandioca e a goiaba são genuinamente brasileiros.
Do início da agricultura até meados do século passado, o sistema de produção de alimentos predominante era baseado em pequenas propriedades familiares quase autossuficientes. Os vegetais cresciam em hortas e pomares domésticos, lado a lado com a criação de porcos, galinhas e bovinos, que forneciam leite, ovos e carne. Os grãos eram triturados em moinhos de pedra e consumidos na forma integral, preservando as fibras e os benefícios naturais.
1.2 Chegada da