Comentário sobre o livro "o cativeiro da terra", de josé de souza martins
Em sua obra intitulada “O Cativeiro da terra”, José de Souza Martins faz uma análise minuciosa da transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado no Brasil que foi uma transição longa e difícil de ser feita. Ele demonstra também como o capitalismo transformou a sociedade redefinindo as relações e desenvolvendo as relações não capitalistas. Ele introduz a obra citando opiniões de diversos historiadores e sociólogos que contribuíram e muito com suas obras a respeito das transformações sociais no campo ao longo da história. Alguns dos autores citados são: Florestan Fernandes e Caio Prado Júnior.
Na primeira parte do livro, ele faz uma analise do regime de trabalho que se instaurou nas fazendas de café, conhecido como regime de colonato. Ele explicita que o trabalhador que antes era mão de obra barata, depois da abolição da escravatura, ele passou a ser renda capitalizada já que o fazendeiro agora tinha que pagar o deslocamento, a alimentação e a moradia do colono e de sua família. Mas apesar desses benefícios os colonos ainda eram muito explorados e isso gerou muitas revoltas por parte deles. Como resultado dessas revoltas, os fazendeiros se viram obrigados a modificar as formas de aproveitamento do trabalho dos colonos. Daí surgiram novos tipos de relacionamentos entre os colonos e fazendeiros porém a exploração dos colonos, manteve-se.
Ainda na primeira parte do livro o autor faz um levantamento sobre o caráter capitalista da produção de café, decifrando as contradições entre as atitudes capitalistas do fazendeiro e as relações não capitalistas de produção do café. Ele também caracteriza o regime de colonato como sendo uma sociedade em que o colono tinha um pagamento fixo pelo trato do cafezal, pagamento proporcional pela quantidade de café colhido e o fato do colono não ser um trabalhador individual e sim familiar. Ele também fez referência a importância