Comentário sobre o filme "O Homem Urso" e o texto "natureza e cultura"
Nota-se no texto a constante indagação quanto a classificação dos seres entre humanos e não-humanos. Essa questão se dá pois, o autor coloca tal classificação como forma de ponto de vista: vê-se como humano qualquer ser que possua vontade, sentimentos, entre outros.
Entretanto, em uma natureza entende-se que possuem seres diferentes com perspectivas diferentes sobre quais são humanos, ou não. Desta forma, pode-se observar que, a partir do momento que uma espécie acredita ser humano, passa automaticamente a achar que a outra é não-humana. Com isso, surge o conceito de predador e caça, quando diferentes espécies entram em conflito. Desde os tempos ameríndios, quando o convívio entre diferentes naturezas na mesma cultura era dado como aceitável, duas espécies não conseguiam abandonar seu instinto e conseguir conviver harmoniosamente com as outras. Portanto, o homem jamais conseguiria se infiltrar em outra natureza sem sofrer consequências. A ideia de natureza e cultura deve ater-se a manter seus respectivos limites; É possível que seres consigam contrariar sua natureza a partir do momento que forem criados desde o nascimento em uma determinada cultura. Entretanto, no caso do homem curso, Timothy foi considerado uma ameaça pois era um estranho para os ursos – traçando um paralelo entre o texto e o filme, pode-se observar que, segundo o autor, os ursos atacariam Timothy pois, para eles, Timothy era um não-humano, sendo assim, uma caça. A partir disso, é possível entender porque apesar do “Homem Urso” ter optado por abandonar sua cultura e sociedade, não conseguiu fazer parte da natureza dos ursos. O autor entende o comportamento de Timothy como uma espécie de Totemismo. O mesmo explica tal conceito da seguinte forma: “No totemismo, seres compartilham uma mesma humanidade e se conformam como coletividade que se relaciona com outras coletividades complementares”. Porém, entende-se