Comentário sobre filme: "Nós que aqui estamos, por vós esperamos"
O filme “Nós que aqui estamos, por vós esperamos” começa com a frase “Pequenas historias, grandes personagens. Pequenos personagens, grandes historias.”, e segue apresentando pequenos vídeos e historias de pessoas conhecidas ou desconhecidas, de forma que trás uma nova percepção da vida das pessoas, fazendo com que se identifique com elas, como se colocasse um espelho diante do publico. O filme mostra a grandeza das coisas mais simples, das pessoas comuns, a politica, a rápida mudança da sociedade nos tempos, e uma frase que enfim conecta a todos.
A forma curta com que se passam as cenas e os comentários sobre as características mais simples dos personagens, concede às historias uma ideia de finitude da vida humana, e ao mesmo tempo dá um aspecto sagrado às atividades do quotidiano, como trabalhar, ir ao cinema, gostar de coca-cola, dançar, jogar futebol e morrer. Características que quase sempre são deixadas de lado e esquecidas ao longo da historia, mas que nos diferem e nos humanizam. Uma das cenas que mais me chamou a atenção, em que a ideia de como as pessoas esquecem dos detalhes mais simples, mas importantes, se torna evidente na frase de um soldado em determinado ponto do filme: “em uma guerra não se matam milhares de pessoas. Matam-se uns que adoram espaguete, outros que são gays, outros que namoram. Em uma guerra, acumulações de memórias são assassinadas”, o que nos leva a refletir o que muitos não chegam a perceber, que todas os mortos na guerra ou em qualquer situação são também humanos, com seus gostos, hábitos e personalidades.
A frase “Nós que aqui estamos, por vós esperamos” aparece no final como o letreiro de um cemitério, conectando todos os fragmentos de histórias aleatórias apresentados durante o filme, e transmite a ideia de que independente de suas características, de suas posses, família ou historia, a única coisa que restará de nossas vidas após a morte são as