Comentário - Filme Ela
COMENTÁRIO – Filme Ela O ser humano passa por uma era de transição em que ele presencia a concretização de muitas das idealizações científicas e o desenvolvimento de aparatos tecnológicos cada vez mais eficientes. Uma realidade que vem contribuindo para a dinamização da suas atividade, facilitando a comunicação, reduzindo as distâncias e provocando bastante otimismo quanto as perspectivas futuras nessas áreas. Tudo isso objetivando a economia de tempo e o maior rendimento profissional. Contudo, toda a evolução alcançada até então tem exigido dos indivíduos a renúncia, mesmo que inconsciente e involuntária, da vida pessoal. Com empregos cada vez mais exigentes, concorridos, criam-se indivíduos cada vez mais competitivos e individualistas, com uma dificuldade crescente de convívio com o dinamismo que a vida em coletividade exige. Uma vez que estão constantemente tendo que se aperfeiçoar profissionalmente, não há sobra de tempo para o convívio físico que proporcionem a criação de laços afetivos estáveis. Consequentemente, os relacionamentos são construídos em cima das necessidades biológicas de maneira superficial e pouco duradouras. Há uma frustração no convívio com o outro pelo próprio desconhecimento interior uma vez que se trata de uma nova geração acostumada a lidar com maquinas e sistemas operacionais que são instrumentos previsíveis e programados. O filme apresentado mostra exatamente esses indivíduos em conflito com os próprios sentimentos. Ele exemplifica, exatamente, a dificuldade do homem de se relacionar e a fuga de suas frustrações com as tentativas sem êxito, uma vez que foi educado em uma sociedade que não condena erros e não sabe lidar com as frustrações. Nesse contexto, o relacionamento com o sistema operacional surge como uma