Comentário do filme náufrago
Tom Hanks no papel de Chuck Noland, engenheiro de sistemas da FedEx, cuja existência, dominada pelo relógio, termina abruptamente quando um angustiante desastre de avião o deixa isolado em uma ilha remota em pleno estado de natureza. À medida que Chuck luta para sobreviver, ele descobre que sua própria jornada pessoal apenas começou...[1].
1ª Cena: Envio de um relógio para cronometrar as entregas da FedEx
Aqui é possível salientar que: “o relógio, não a máquina a vapor, é a máquina-chave da idade moderna industrial. Em cada fase do seu desenvolvimento o relógio é ao mesmo tempo o fato de destaque e o símbolo típico da máquina: até hoje nenhuma máquina é tão onipresente”.[2]
2ª Cena: Encontro de natal e a troca simbólica de presentes (relógio e aliança de noivado)
Numa primeira visita à casa de um amigo, este lhe apresenta os seus familiares e, em seguida, sua casa e posteriormente o seu quarto, onde organizou o seu espaço de uma maneira bem original e personalizada, como por exemplo: seus quadros, discos, livros, e alguns “objetos-símbolos” cujo valor afetivo é, para seu amigo de inestimável valor simbólico. Após a revelação de seu espaço existencial, seu amigo lhe diz, orgulhoso: ‘Este é meu pequeno mundo’.
3ª Cena: Acidente de avião e a conseqüente passagem do estado de natureza para o estado de cultura As primeiras conquistas do trabalho humano surgiram da própria natureza. Um galho de árvore ou um fêmur - por exemplo - tornaram-se tanto armas para a defesa, como instrumentos para apanhar um fruto em lugares altos. Pedras se revelaram objetos adequados tanto para serem utilizados como projéteis como para golpear. Gradativamente essas primitivas ferramentas foram sendo melhoradas: quebravam as pedras grandes para se obterem pedaços menores e na forma desejada; elas eram talhadas para que tivessem bordos cortantes; afinavam-se paus, convertendo-os em objetos pontiagudos. Assim, novos