Comentario O Bixo Manuel Bandeira

Há um bicho em cada um de nós. Por baixo dos tecidos, dos perfumes e das maquiagens, o animal resiste aos banhos diários com sabão. Com a fisiologia em paz, aspira a auto realização, a estima, ao sucesso social. Assim ele prospera; seu habitat é a natureza artificial das cidades. Nessa condição elevada, o ser humano, na sua condição de cidadão, está liberto de todas as coisas de animais. Vivendo sob o ritmo cotidiano em três versos para cada estrofe o narrador-cidadão observa a imundície e miséria à margem da sociedade, avulso. Sendo assim, quando a banalidade revela o bicho em cada ser humano, com a voracidade com que sobrevive, com a afirmação da sua existência, seu senso de normalidade é quebrado. Perplexo, rebaixado de sua condição superior, clama a uma força superior. Fora de seu ritmo natural numa estrofe de apenas um verso, se dá conta de que o zoológico e a cidade não são tão diferentes assim. Há um bicho em cada um de nós. Por baixo dos tecidos, dos perfumes e das maquiagens, o animal resiste aos banhos diários com sabão. Com a fisiologia em paz, aspira a auto realização, a estima, ao sucesso social. Assim ele prospera; seu habitat é a natureza artificial das cidades. Nessa condição elevada, o ser humano, na sua condição de cidadão, está liberto de todas as coisas de animais. Vivendo sob o ritmo cotidiano em três versos para cada estrofe o narrador-cidadão observa a imundície e miséria à margem da sociedade, avulso. Sendo assim, quando a banalidade revela o bicho em cada ser humano, com a voracidade com que sobrevive, com a afirmação da sua existência, seu senso de normalidade é quebrado. Perplexo, rebaixado de sua condição superior, clama a uma força superior. Fora de seu ritmo natural numa estrofe de apenas um verso, se dá conta de que o zoológico e a cidade não são tão diferentes assim. Há um bicho em cada um de nós. Por baixo dos tecidos, dos perfumes e das maquiagens, o animal resiste aos banhos diários com sabão. Com a fisiologia em paz,