Comemorar o pib de 7,5% e pensar no futuro
A taxa de investimento ficou em 18,4% no ano passado, acima da de 2009 (16,9%), mas ainda é muito baixa. Hoje de manhã, eu conversei com Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI. Ele disse que o problema crônico do Brasil é a baixa taxa de poupança. Governo e famílias têm de poupar mais, não podemos ficar dependendo tanto da poupança que vem de fora.
Estamos tentando achar o ritmo de crescimento que não provoque desequilíbrios, como inflação e déficit grande nas contas externas.
Mas o dia de hoje é de comemoração do nosso “Pibão”, depois de um ano tão difícil como foi 2009. Somos a 7ª economia do mundo. Consumo das famílias, investimento e indústria cresceram forte.
Parte desse crescimento foi estimulada porque o governo demorou a reduzir os estímulos fiscais, por razões eleitorais, e aumentou o gasto público. O lado ruim é que os juros voltaram a subir por causa desse excesso.
Em 2009, fazia sentido essa política, porque havia o risco de recessão. O governo não errou ao ir, mas em voltar um pouco tarde. Queria criar um ambiente de euforia econômica para ajudar na eleição. Mas a conta chega agora com a inflação alta. Devemos buscar o crescimento dentro da capacidade (potencial) e ver o que o impede de ser