CASO COMANDANTE FREDFred recebeu sua espada de oficial e foi iniciar sua carreira militar num quartel na cidade de São Paulo. Nesta cidade, encontrou-se com quatro antigos colegas do curso médio, de quem se separara ao entrar na academia. Agora dois eram engenheiros mecânicos e dois eletrônicos. Cada um deles trabalhava numa organização diferente.Fred tinha bons conhecimentos de eletrônica e procurava manter-se atualizado, mas não era especialista como seus amigos. Reunia-se com eles frequentemente, e os cinco costumavam trocar idéias sobre suas profissões.Numa das reuniões Fred trouxe uma publicação americana que falava de um equipamento chamado intérprete computacional, uma tecnologia ainda embrionária. Os cinco chegaram à conclusão de que seriam capazes de montar um protótipo para ver como funcionava.Fred percebeu que havia uma oportunidade e propôs sociedade de negócios aos amigos, para fabricar e vender aquela máquina. Convenceu-os a cotizarem-se numa empresa e ofereceu-se para ser o presidente-vendedor. Os quatro trabalhariam no desenvolvimento e na montagem do protótipo, que não demorou para ficar pronto. Com o equipamento debaixo do braço, em seus dias de folga, Fred começou a visitar clientes potenciais. Enquanto isso, seus amigos aprimoravam o projeto e organizavam uma linha rudimentar de montagem. Fred encarregou-se dos suprimentos para a linha de produção, da administração do dinheiro em caixa, para o qual todos contribuíam, e do material de propaganda. Ficou acertado que os direitos e os deveres, bem como os benefícios da empresa, seriam iguais para todos.Em pouco tempo, já havia perspectivas de vendas, desde que algumas pequenas modificações fossem feitas no projeto. Os clientes só não haviam comprado porque não havia talão de pedidos.Ansioso com as possibilidades, Fred passou a pressionar os colegas para fazer as modificações que os clientes queriam e para iniciar a produção. A demora era inevitável, porque eles só dedicavam as horas vagas à