Com a pre escola nas maos
A chamada escola tradicional entra em crise, fazendo surgir um movimento de educadores, que segundo muitos pesquisadores, seriam precursores da Escola Nova, tendência que iria se firmar nos séculos XIX e XX. Várias metodologias emanam desse movimento, tendo algumas delas influenciado bastante o ensino brasileiro, particularmente a pré-escola.
Destacam-se como princípios básicos da Escola Nova: a valorização dos interesses e necessidades da criança; a defesa da idéia do desenvolvimento natural; a ênfase no caráter lúdico das atividades infantis; a crítica à escola tradicional (seus objetivos estão calcados na aquisição de conteúdos); e a conseqüente prioridade dada pelos escolanovistas ao processo de aprendizagem.
O currículo oriundo desses componentes tem sempre como componente principal as atividades. Desde seu início, na Europa, com Froebel – o criador dos jardins de infância – passando por Decroly e seus “centros de interesses”, até Montessori e sua “pedagogia científica”, o fundamental para a escola nova é a atividade e o seu caráter lúdico.
No interior dessa tendência pedagógica, que vê romanticamente a pré-escola como jardim de infância e as crianças como as plantinhas, algumas diferenças podem ser constatadas. Froebel (1782-1852), por exemplo, defendia a crença numa evolução natural da criança e valorizava o simbolismo infantil. Para ele o verdadeiro desenvolvimento provém de atividades espontâneas. A marca registrada de sua pedagogia é a atividade, onde o caráter lúdico é o determinante da aprendizagem da criança.
Decroly (1871-1932), por outro lado, dava ênfase ao caráter global da atividade infantil e à função de globalização do ensino. Como pressuposto básico postulava que a necessidade gera o interesse – fator primordial que levaria o aluno