Colômbia conflitos e guerrilhas
O conflito colombiano, um dos mais antigos da América Latina, deriva da disputa pelo poder entre liberais, conservadores e socialistas. Ele é marcado por ser um conflito com operações de falsa bandeira.
O conflito colombiano iniciou aproximadamente em 1964 ou 1966 e é uma guerra assimétrica de baixa intensidade em curso entre o governo colombiano, os grupos paramilitares, os traficantes e os guerrilheiros de esquerda, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional (ELN), lutando entre si para aumentar sua influência em território colombiano.
É historicamente enraizada no conflito conhecido como La Violencia, que foi desencadeado pelo assassinato do líder político populista Jorge Eliécer Gaitán em 1948, e na sequência da forte repressão anticomunista apoiada pelos Estados Unidos na área rural da Colômbia na década de 1960, que levaria os militantes liberais e comunistas a se reorganizar nas FARC.
Os liberais se aliaram com setores socialistas numa guerra civil contra os conservadores que durou 16 anos, de 1948 a 1964.
Em 1964, temendo a radicalização da guerrilha camponesa, influenciada pela revolução cubana, os liberais se aliam aos Conservadores e apoiam o envio de tropas ao povoado de Marquetália. Os camponeses comunistas, na fuga para as regiões montanhosas da selva, constituem as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Sob a liderança de Manuel Marulanda, o Tirofijo, ex-combatentes liberais fundam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo, popularmente conhecida como FARC ou FARC-EP, nos anos 60 para lutar pela criação de um estado marxista. Outros grupos de esquerda - como o guevarista Exército de Libertação Nacional (ELN) - e milícias de extrema direita entram no conflito. A partir dos anos 80, a Guerra Civil ganha um novo protagonista: o tráfico de drogas. As FARC-EP financiam a luta armada à custa dos serviços de proteção vendidos aos