coluna
Estremeci. Juntar tudo isso sem explodir e ainda convencer outras pessoas. Barra.
Cocei cabeça, rasguei papel, destruí arquivos. O problema todo é juntar e dar certo. Foi aí que me liguei.
O futuro, tão grande e fantástico que eu esperava: naves, carros do futuro (tipo aqueles que a gente via nos “ jetsons” ), comunicação virtual, galáxias habitadas, clones e ET´s não chegou tão rápido. Vem vindo enquanto eu vou indo. Muito mais lento esse futuro que eu achava verossímil e imediato. No ar, restou um gosto mais inverossímil.
Então o futuro não empolga tanto. Olhando para trás vem o passado, cheio de histórias, raízes, culturas, nostalgias, panos que foram e voltam. Movimentos. Contracultura. Mini-saia. Toda a influência psicodélica. O romance. A sensualidade. As roupas unissex. Os Beatles. O Black Power. O Flower Power. Os Mutantes (ai, os Mutantes...!!!). A abolição do sutiã. A desestruturação da moda em meados de 70. Woodstock. Jimi Hendrix (me diz, por favor, alguém melhor?!). Aqui, a Tropicália, a tanga, Caetano, Gil, Leila Diniz.
Tanta coisa... Os punks e toda sua rebeldia. Os (amados!!) Sex Pistols. A liberdade feminina, representada também pela pílula. A moda engajada. David Bowie e sua androgenia, sua ambigüidade, pintada, colorida, cheia de brilhos e purpurina. Hair. Glitter. A onda Disco. O Studio 54. O delicioso All Star. Os Yuppies. E nossa, uma moda ultra bizarra dos 80, com ombreiras, cós alto (“calça centropeito”!!), as pregas, as balonês. A Blitz. Madonna. Crucifixo, pérolas, renda e permanente.
Ainda assistimos mais. Épocas de guerras curtas e outras nem tanto assim. Ídolos descartáveis. Feiras alternativas. Moda mix. Raves. E uma grande releitura de períodos anteriores...
Agora, mais do que nunca, vejo presente esta necessidade massiva de busca do passado, de espartilhos, de bandas retrô como Doves, Hives, Strokes, uma procura de raízes, de identidade.
A música busca origens, a moda,