Coloração de gram
Esta técnica foi inicialmente descoberta pelo médico dinamarquês Hans Chistian Joachim Gram (1853 - 1958) em 1884 buscando melhorias na visualização microscópica de amostras infectadas. Como muitos outros Gram faleceu sem que recebesse os devidos créditos pelas suas descobertas.
Em 1884, Christian Gram desenvolveu um método de coloração de bactérias que permitia sua separação em dois grupos distintos, as Gram positivas (que coravam-se em roxo) e as Gram negativas (que coravam-se em vermelho).
A reação das bactérias à técnica de Gram expressa diferentes características, de modo especial no que diz respeito à composição química, estrutura, permeabilidade da parede celular, fisiologia, metabolismo e patogenicidade.
A parede da célula gram-negativa é constituída por estruturas de múltiplas camadas bastante complexas, que não retêm o corante quando submetidas a solventes nos quais o corante é solúvel, sendo descoloradas e, quando acrescentados outros corantes, adquirem a nova coloração. Já a parede da célula gram-positiva consiste de única camada que retém o corante aplicado, não adquirindo a coloração do segundo corante.
TÉCNICA DA COLORAÇÃO DE GRAM
Preparo do esfregaço
Suspender uma pequena porção da amostra bacteriana a ser corada em uma gota de água ou solução salina 0,85%, sobre uma lâmina de microscópio, espalhando a gota. Este procedimento deve ser feito com um alça bacteriológica flambada . Deixar o material secar e, em seguida, fixá-lo com calor, flambando rapidamente a lâmina acima da chama de um bico de Bunsen.
Aplicação do corante primário
Cobrir toda a sua superfície da lâmina com o corante cristal violeta; deixar em repouso por um minuto. Descartar o excesso de corante ou enxaguar a lâmina com água.
Aplicação do fixador
Cobrir toda a sua superfície da lâmina com lugol; deixar em repouso por um minuto. Descartar o excesso do fixador ou enxaguar a lâmina com água.
Descoloração
Com a lâmina inclinada, despejar algumas