Colonização da América - As diferenças entre Colombo e Cortez com os nativos

Colonização da América
As diferenças entre Colombo e Cortez no contato com os nativos

Colombo é facilmente identificado como um homem contraditório, etnocêntrico, que vê e interpreta tudo da forma que quer inclusive os nativos que encontrou onde ele acreditava ser parte da Ásia, porque assim queria que fosse. Cortez, por sua vez, era um homem de estratégias e que buscou entender o povo que pretendia conquistar para facilitar sua manipulação. Nos escritos de Colombo os habitantes aparecem como parte da paisagem, sempre em meio de anotações sobre a natureza. Com o objetivo de evangelizar aquele povo, que ora era pacífico, ora era violento, de acordo com o que era conveniente, Colombo utilizava as diferenças de costumes dos nativos para os costumes dos espanhóis como argumento de que aquele povo não tinha cultura, religião, era uma pagina em branco que precisava ser escrita por um enviado de deus, ele próprio. A difícil comunicação com os índios não era uma grande preocupação para Colombo, pois apesar de admitir não compreender o que eles falavam, Colombo, em muitos momentos, estava certo de que eles diziam que havia ouro naquelas terras e tudo mais o que o colonizador gostaria de ouvir. Não se pode deixar de falar sobre a violência também física que Colombo agia contra os índios, seja punindo-os por não agirem de acordo com as leis e preceitos religiosos europeus, seja por considerar-se dono daquelas pessoas podendo escravizá-los e explorá-los de acordo com seus interesses. Cortez, diferente de Colombo, procurou saber sobre os índios. O que o conquistador quer, inicialmente, não é tomar, mas compreender. Em direção ao império asteca, ele tentava conseguir a adesão das populações cujas terras atravessava, com promessas ou com guerra. Em comparação com Colombo, Cortez agia com uma violência mais explícita contra os índios. Logo que chega à Cidade do México decide prender o soberano asteca e, com a ajuda de seus homens, massacra muitos