Colonialidade do Saber
TRABALHO
DE
ANTROPOLOGIA
SALA 608
GRUPO: BRENO ABREU FLÁVIO GERALDO JOÃO LUCAS CÉSAR SANTOS WILLIAN PORTO RODRIGO NASCIMETNO LORHAN MAFRA
c.1) TESE CENTRAL DO TEXTO
O texto “Colonialidade do Saber” de Edgardo Lander aplica o próprio conceito de colonialidade do saber na América latina, em que ele problematiza o saber e a produção do conhecimento latino – americano e uma certa ideologia colonial que é imposta. Lander recolhe contribuições do mais “clássicos” autores do pós-colonialismo latina-americano, como Mignolo, Escobar, Coronil... Com o livro, ele busca refletir sobre as sobreposições entre saber e poder em uma trajetória histórica marcada por um encontro colonial precoce, em que ele remonta à “invenção” da América pelos Europeus no século XVI.
Lander inicia o texto afirmando que uma posição crítica verdadeiramente emancipatória requer o questionamento sobre o estatuto de objetividade e naturalidade do conhecimento, e até mesmo das ciências sociais, as quais, tendo sido formatadas por uma racionalidade colonial, hoje legitimam o projeto neoliberal. Segundo ele, o pensamento ocidental é fundamentado em algumas separações principais, como entre o homem e a natureza e entre a razão e o mundo. O que é fundamental é que essas estruturas promovem a descontextualização do conhecimento: porque a razão não pertence ao mundo, à natureza, e o conhecimento racional é também idealmente universal. Lander fala que a universalidade de saberes produzidos localmente, só foi possível em função do lugar de enunciação privilegiado da Europa, desta forma, a “universalidade” produzida é extremamente excludente. Pode-se citar como um bom exemplo a filosofia de Hegel que, ao colocar a Europa como “vanguarda” da história universal, priva outras parcelas do mundo de qualquer forma de historicidade. O autor, em segundo momento, foca na