Collor - Eleições de 1989
No ano de 1989, após um período de mudanças na esfera política vivida no governo de José Sarney (1985-1990), o Brasil vivenciou um tempo de intensas ações políticas que desencadearam no retorno do regime democrático brasileiro, proporcionando à população o direito de escolher através do voto direto um novo presidente da República.
A Constituição de 1988 estabelecia que o sistema político do Brasil deveria se organizar de forma pluripartidária, dessa forma, correntes de diversas orientações políticas se estabeleceriam na esfera política da época. Os eleitores se viram envolvidos e acometidos por muti-promessas, que visavam solucionar os problemas enfrentados pelo país, mas se viam também, perdidos em meio à uma chuva de propostas.
Em função de um enfraquecimento político causado pelas fracassadas tentativas de resolver os problemas econômicos do país, os partidos de direita não conseguiam fazer emplacar nenhum candidato que fosse apto a conquistar uma vitória no pleito presidencial. Nessa época foram lançados de um lado, Luís Inácio Lula da Silva, que representava o Partido dos Trabalhadores (PT). De outro, Leonel Brizola, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), ambos os candidatos tinham visões políticas voltadas para os interesses do trabalhador.
Na busca por mudanças na situação desfavorável em que se enquadravam, os partidos de direita, encontraram em Fernando Collor de Mello uma saída, optando por apoiar sua candidatura. Com um discurso cheio de carisma, boa aparência e com o suporte financeiro do núcleo empresarial do país, se tornou a grande chance de vitória para os setores de direita.
Através de promessas de modernização da economia por meio de políticas neoliberalismo e a abertura do país para a participação da economia estrangeira no setor econômico nacional, Collor terminou por atrair o apoio de vários setores da sociedade. Além das promessas, outro fator que o fez angariar mais apoios, foi seu discurso religioso e