Coleta de esmola para irmandade
Tema da imagem: coleta de esmolas para irmandade
TUDO SOBRE A IMAGEN DE JEAN BAPTISTE DEBRET
Data: C. 1820.
Português: Jean-Baptiste Debret: Coleta de esmolas para as irmandades; nesta imagem vê-se um negro contribuindo com dinheiro a um padre (e uma mão, da janela da casa, também), enquanto diversos escravos que exerciam profissões remuneradas para rendimento de seus senhores são retratas como plano de fundo (da esquerda para a direita): um vendedor ambulante, um acendedor de lampião e um entregador de água.
Negros e mulatos coletando esmolas para a Irmandades” propõe a organizações que estes sujeitos sociais realizam na sociedade em meados do século XIX. as irmandades de ‘homens negros’, espaços que permitiam um maior controle sobre os africanos escravizados e seus descendentes, cativos ou livres, ao mesmo tempo em que possibilitavam o desenvolvimento de relações específicas a estes grupos, que nelas encontravam formas de afirmação social e cultural.[1]
E com este aporte, a imagem se torna mais provocativa, pois com este dialogo vemos que ao sair às ruas para angariar esmolas paras as irmandades, nota-se um espaço marcado pela dualidade. Cujo espaço que é as irmandades, são propícios para o controle mais acirrado por parte da Igreja Católica, que debruçava neste “cuidado” visando a vivencia e o pertencimento os princípios cristãos. Mas que também, favoreciam a resistência de práticas culturais negras.
Constituindo, desta maneira, um âmbito, repleto de significados para estes que iam as ruas pedirem esmolas. Diante disso, formulando uma maneira a mais de ir até as ruas, sendo que naqueles espaços, promovidos pelas irmandades, certa praticas tinham seus usos mantidos e conservados, ou até resignificados devido ao olhar atento da Madre Igreja.
Jean-Baptiste Debret deixou muitos registros do cotidiano da vida nesta cidade onde os negros assumiram o papel de principais personagens,