Irmandades e confrarias
INTRODUÇÃO
No período colonial as Irmandades eram organizações sociais de leigos católicos fundamentas também na prática da fé e da caridade.
No geral o ápice das atividades das Irmandades eram as festas que realizavam em homenagem aos seus santos de devoção. Cada Irmandade tinha o seu santo padroeiro. As Irmandades dos Homens Pretos comumente têm Nossa Senhora do Rosário como santa de devoção, mas também existem Irmandades dos Homens Pretos de São Benedito, de Santa Ifigênia, de São Sebastião, etc. São os famosos santos de congado.
Diante disto, nos propomos apresentar de uma forma resumida, algumas irmandades/ confrarias católicas; com o propósito de compreendermos a religião que por muitos anos, vem sendo praticada com o numero significativo de adeptos.
CULTURA E RESISTÊNCIAS DAS IRMANDADES
As confrarias e/ou irmandades ou ordens terceiras, surgiram na Europa, durante a Idade Média, espalhando-se pelas colônias portuguesas nos século XV, XVI e XVII. Eram associações, grupos de pessoas religiosas do catolicismo tradicional, que se reuniam para promover a devoção e o culto a um santo representado por uma relíquia ou imagem. Alguns autores dividem as confrarias em dois tipos principais: que são as irmandades e as ordens terceiras. As irmandades têm como característica principal o caráter leigo no culto católico e resultam das antigas corporações de artes e ofícios. Cada irmandade tinha seu próprio estatuto ou compromisso que definia normas de funcionamento da associação e os direitos e deveres de todos os seus membros. O estatuto era aprovado pelo rei de Portugal, como Grão-Mestre da Ordem de Cristo. A irmandade tinha autonomia para administrar seus bens, que vinham da arrecadação de fundos dos seus associados e de heranças dos agrupados. No que diz respeito ao surgimento das irmandades no Brasil, acredita-se que muitos negros já chegaram