Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural de Madeleine Leininger Madeleine Leininger nasceu a 13 de Julho de 1925 em Sutton, Nebraska, EUA. Formada na St. Anthony’s School of Nursing, foi a primeira enfermeira a fazer um doutoramento em antropologia cultural e social na Universidade de Washington, em Seattle, onde, durante a realização deste, fundou a chamada enfermagem transcultural, desenvolvendo a Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural. Os pressupostos da sua teoria alertaram os estudantes de enfermagem para a importância da cultura no cuidar, o que fez com que Leininger considerasse a enfermagem transcultural como uma área específica do exercício de enfermagem, que se centra no estudo de diferentes culturas, em relação aos seus significados de cuidar, às suas crenças de saúde-doença e ao padrão de comportamento, desenvolvendo um conhecimento científico de forma a fornecer uma prática de cuidados de enfermagem universais. Assim, a sua teoria tem como principal objectivo proporcionar cuidados de enfermagem apropriados a indivíduos de diversas culturas, de tal forma que cada indivíduo deve informar o profissional prestador de cuidados acerca das suas crenças, valores e princípios de modo a que a sua integridade física e psicológica seja salvaguardada. Para tal, o enfermeiro deve ter em conta a identidade do indivíduo, das famílias, dos grupos e os significados do cuidar, os valores, expressões, crenças e acções ou práticas baseadas no modo de vida cultural de forma a prestar um cuidado de enfermagem eficaz, satisfatório e culturalmente coerente. Se tal não acontecer, as práticas de enfermagem serão menos benéficas ou ineficazes, limitando as condições de cura e bem-estar. Deste modo, Leininger formulou a teoria da diversidade do cuidar cultural: “pessoas de culturas diferentes podem informar e são capazes de orientar os profissionais para receber o tipo de cuidados que desejam ou necessitam dos outros.” (Leininger, 2009,p.568)