Cognitivismo
Este trabalho buscou analisar a trajetória que levou ao desenvolvimento da Psicologia Cognitiva, pois assim como todos os movimentos em psicologia, a revolução cognitiva não eclodiu da noite para o dia. Muitas de suas características básicas tinham sido antecipadas pelo trabalho de outros. Com efeito, sugeriu-se que “a psicologia cognitiva é tanto a mais nova como a mais velha tendência na história do assunto” (HEARNSHAW, 1987, p. 272 apud SCHULTZ; SCHULTZ, 1981). O trabalho descreve assim os principais conceitos deste movimento, aborda quais foram os precursores do mesmo, quando viu-se a necessidade em estudar e compreender como funciona a mente humana e a construção do pensamento. Buscou-se mostrar quais são os principais frutos atuais dessa psicologia que surgiu formalmente entre 1950 e 1970, na tentativa de investigar os processos mentais subjacentes ao comportamento humano. Por esse trabalho será possível, desta forma, entender o movimento cognitivo e compreender sua importância dentro da sociedade atual que visa um futuro inovador.
Como surgiu a Psicologia Cognitiva Ao longo da história, filósofos, matemáticos, biólogos e outros pesquisadores se interessaram pelas capacidades mentais que os seres humanos possuem, constituindo várias teorias a respeito de porquê elas existem e como elas funcionam. Platão e Aristóteles, por exemplo, já teorizavam sobre o pensamento e a memória, partindo de sua base empírica. Assim, o problema do conhecimento humano sempre esteve intimamente relacionado com os temas estudados pela psicologia cognitiva. No século XX a psicologia emergiu como um campo bem definido de estudo. Wundt concentrou-se na estrutura da mente (estruturalismo), enquanto James e John Dewey focalizaram os processos mentais (funcionalismo). Mais tarde o associacionismo de Hermann Ebbinghaus (estudou a memória) e Edward Lee Thorndike(aprendizado animal) abriu caminho para o behaviorismo