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INFLAÇÃO NO BRASIL – Parte n. 2
Prof. Fábio Barbosa da Silva

Pode-se afirmar, sem muita margem de erro, que a maior parte das fontes de inflação discutidas nos itens anteriores está ou esteve presente em alguma época no Brasil.

Na década de 1950 e início dos anos 1960, aponta-se como principal fonte de inflação o déficit do Tesouro.

Entre 1964 a 1973, a política de combate caracterizou-se por um tratamento que pode ser classificado como tratamento de choque, por meio de uma rígida política monetária, fiscal e salarial, enquanto, de 1967 a 1973, foi batizada como uma política gradualista, que correspondeu ao combate por etapas planejadas.

As crises de petróleo em 1973/74 e 1979, trouxeram repercussões profundas sobre a ecônomo brasileira e mundial.

Em fevereiro de 1986 foi implantado o chamado Plano Cruzado, esse plano foi concebido à luz de um diagnóstico inercialista, apresentava como característica principal o congelamento de preços e salários.

Outros planos, como o Plano Bresser e o Plano Verão, ainda durante o governo Sarney, e mais tarde o Plano Collor, também utilizaram o congelamento de preços e salários para tentar conter o processo inflacionário brasileiro, falharam ao relegar políticas ortodoxas de controle de demanda, em especial na questão do déficit público.

O PLANO REAL

Em 1994, no governo Itamar Franco, tendo como Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, implementou-se o Plano Real, reconhecendo que as principais causas da inflação brasileira estavam no desiquilíbrio do setor público e nos mecanismos de indexação, representou um avanço em relação aos planos anteriores em sua operacionalização.

Numa primeira etapa, procurou-se equilibrar o orçamento público, de um lado, através do Fundo Social de Emergência.

Numa segunda etapa, processou-se à quase total desindexação da economia, pela passagem do cruzeiro real para o URV (Unidade Real de Valor) e, desta, para a nova unidade monetária, o Real. Foi mantido o CPMF –

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