Coach carter
CENTRO DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE FILOSOFIA (BACHARELADO)
SOCIOLOGIA I
Prof.ª VERA BORGES
FRANCISCO RODRIGUES
Um comentário do filme Coach Carter
Gilson Medeiros Pereira e Maria da Conceição Lima de Andrade, em seu artigo, Coach Carter ou a segunda chance dos excluídos do interior, nos ajudam a olhar sob um prima diferente, a realidade presente no filme assistido em sala de aula, prisma esse fundamentado nos estudos de Pierre Bourdieu.
O texto começa falando de uma realidade escolar ultrapassada, que excluía logo no principio, o alunado mais desfavorecido, e que agora, sob um novo sistema, inserido numa “democratização”, continua ainda imergido nas prerrogativas do privilegio cultural dos mais favorecidos.
A escola, apresentada no filme, propõe aos seus alunos uma escolaridade fictícia, sem um crescimento linear, “exclui de modo suave e sem traumas aparentes”. O corpo escolar, família, aluno, diretora, funcionários é afetado por um grande desestimulo. A pouca visão ampla de futuro é um senso-comum entre eles, haja vista a realidade social em que estão mergulhados, que não apresenta possibilidades de um horizonte diferente, da violência das drogas e probeza.
Quando ninguém espera que os jovens cheguem a universidade, Carter, acredita nesse potencial e apresenta uma pedagogia que condiz com a realidade social dos meninos, algo em consonância com a proposta apresentada por Bourdieu. Carter então, insere regras, normas, consegue aliar esporte à sala de aula, exige um trabalho conjunto com os professores, ao quais pedem que lhe seja enviado os boletins dos atletas. Enquanto, jovens e famílias pensam em curto prazo, na próxima partida de basquete, somente. O técnico, pensa no futuro, na vida daqueles que a ele foi confiado. “Consegue, com o basquete, fazer o papel institucional não realizado pela escola.” Sem saber ager com a pedagogia pratico-racional de