Co-resistência de polimixina b em cepa de klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase
Bactérias produtoras de carbapenemase é um grupo de bacilos Gram-negativos emergentes altamente resistentes a drogas, causadores de infecções associadas à morbidade e mortalidade. Após a caracterização da Klebsiella pneumoniae, o primeiro isolado produzindo carbapenemase do tipo KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) em 1996 nos Estados Unidos, várias outras carbapenemases têm sido descritas, tais como VIM, IMP e NDM, e estas bactérias produtoras de carbapenemase vêm se espalhando pelo mundo. Estas enzimas capazes de hidrolizar carbapenêmicos, e por isso chamadas de carbapenemases, hidrolisam um amplo espectro de beta-lactâmicos, incluindo as penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos e monobactâmico.(HIRSCH; TAM, 2010; WALSH, 2010; ARNOLD et al., 2011; BABOUEE et al., 2011; DAIKOS; MARKOGIANNAKIS, 2011)
A escassez de novos antimicrobianos eficazes levou a um interesse renovado no grupo polimixina de drogas, como último recurso para o tratamento de infecções causadas por bactérias gram-negativas. As polimixinas que foram decobertas no final de 1940 para o tratamento de infecções por bactérias gram-negativas, após vários anos de uso clínico, a sua utilização foi diminuída por causa de relatos significativos de nefrotoxicidade e neurotoxicidade. Recentemente, o antibiótico ressurgiu como uma opção de tratamento de última linha para germes multirresistentes, como Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase. A necessidade de antibióticos com cobertura para esse patógeno é crítica, fazendo da polimixina uma opção de tratamento muito importante(LIM et al., 2010; SATLIN et al., 2011)
Infelizmente, a resistência à polimixina tem sido documentada somente em relatos de caso. Embora o mecanismo exato causando resistência à polimixina não foi definido, a hipótese é de que o sistema pmrA-PmrB e o sistema PhoP-PhoQ de regulação genética pode desempenhar um papel importante na suceptibilidade da polimixina(FALAGAS et al.; MACFARLANE et al., 1999).
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