CNE - Avaliação de escolas
Estudo sobre
“Avaliação das Escolas: Fundamentar Modelos e
Operacionalizar Processos”
Julho de 2005
Versão Final
Sumário
Introdução
I.
A pressão para a avaliação das escolas – questões políticas, sociais e económicas II.
As correntes dominantes a nível europeu e o caso do No Child Left Behind
(EUA)
III.
Aspectos recentes da avaliação das escolas em Portugal
IV.
Uma avaliação para a melhoria das escolas
V.
A auto-avaliação e o apoio externo
VI.
Sugestões para o desenvolvimento da avaliação das escolas em Portugal
Referências bibliográficas
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Introdução
As criações sociais são sempre muito mais complexas que os instrumentos de que dispomos para as avaliar, mas podemos sempre tentar avaliar e, nesse tentar, ir melhorando. A escola existe como um nó de uma rede escolar e social, pelo que a sua avaliação é complementar à avaliação de outros níveis dessa rede, ou seja, dos alunos, dos profissionais, da administração educacional, das medidas de política. Por outro lado, há facetas da realidade escolar que podem ser avaliadas isoladamente, como, por exemplo, a acção social escolar, os equipamentos, as bibliotecas ou os manuais escolares. Mas é de avaliação das escolas enquanto instituições que aqui se trata. Qual o lugar da avaliação da escola no esforço global de melhoria da educação?
Temos muita informação ou muita base para informação que não é utilizada. Tanto teste, tanta “nota”, tanta prova global ou de aferição, tanto exame, tanta acta ou relatório, tanta auditoria ou inspecção, tanto relatório de avaliação dos modelos de gestão, das reformas curriculares ou de projectos financiados pelo PRODEP! Podemos correr o risco de uma avaliação "bancária", por analogia com a "educação bancária" de
Paulo Freire, em que se acumula informação, se verifica os resultados e se deposita relatórios, sem a acção implicada e criadora dos actores, sem partir da realidade da