Clásicos da politica

6398 palavras 26 páginas
3. JOHN LOCKE:
Locke ficou conhecido como o fundador do empirismo, além de defender a liberdade e a tolerância religiosa. Como filósofo, pregou a teoria da tábua rasa, segundo a qual a mente humana era como uma folha em branco, que se preenchia apenas com a experiência. Essa teoria é uma crítica à doutrina das idéias inatas de Platão, segundo a qual princípios e noções são inerentes ao conhecimento humano e existem independentemente da experiência.
Para Locke, a única fonte de poder político é o consentimento expresso dos governados. Este poder político significa o direito de fazer leis com pena de morte, e conseqüentemente todas as penalidades menores para regular e preservar a propriedade, e o de empregar a força da comunidade na execução de tais leis e na defesa da comunidade contra a agressão estrangeira, e tudo isso apenas em prol do bem público. O seu modelo de jusnaturalismo é semelhante ao de Hobbes, mas deste se distingue na caracterização do estado de natureza dos homens. Para Locke, o homem nesse estado goza de plena liberdade e igualdade. Esse estado de natureza era uma situação real e historicamente determinada pela qual passaram várias civilizações. Esse estado de natureza é marcado por relativa paz, concórdia e harmonia, em contraste à visão hobbesiana. A razão é a lei da natureza que governa esse estado, segundo a qual sendo todos os homens iguais e independentes, nenhum deve prejudicar outrem na vida, na saúde, na liberdade ou nas posses.
Nesse estado de natureza os homens já são dotados de razão e desfrutam da propriedade, que para Locke, representa a vida e os bens como direitos naturais do ser humano. Para Hobbes, a propriedade não existe nesse estado de natureza, que apenas existe depois da formação do Estado-Leviatã, que também pode suprimi-la da mesma forma que a criou. Essa visão se choca com a lockiana por a propriedade já existir no estado de natureza, sendo uma instituição anterior à sociedade e um direito natural que não pode ser

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