Clusters e distritos industriais
Desde a década de 80 houve uma reestruturação da economia, devido à globalização e aos avanços tecnológicos. A produção fabril, e outros serviços, vêm sem instalando em vários locais, e muitas vezes as indústrias são menores, ao invés do modelo de produção fordista, que concentrava as grandes indústrias em apenas alguns locais. Nesse novo modelo, criam-se oportunidades de crescimento para empresas menores, inclusive atuando nos mesmos nichos de mercado que as grandes empresas. Isso tem sido visto de maneira muito positiva no mundo todo, pois essas empresas geram uma grande quantidade de empregos, e, além disso, criam um sistema de cooperação mútua, de valorização do esforço conjunto, que aumentam a competitividade dessas empresas no mercado, em comparação com empresas que agem de maneira isolada. À esse rede de coesão dá-se o nome de cluster ou distrito industrial. O termo distrito industrial, inicialmente usado, para denominar um grupo de indústrias geograficamente próximas que se comunicam está dando lugar à idéia de cluster, ou seja, de uma cooperação entre um grupo que realiza qualquer atividade humana, que pode ser a agricultura ou prestação de serviços, além da indústria. O crescimento dos clusters tem gerado cada vez mais estudos de natureza metodológica visando aperfeiçoar a intervenção no espaço. Diversos exemplos de clusters bem sucedidos têm aberto portas para que o modelo seja usado tanto em regiões de tradição industrial que estão deprimidas, quanto em países em desenvolvimento. Segundo um autor norte-americano (Porter, 2003) a vitalidade de um setor econômico vem da competitividade entre as indústrias locais que, pensando globalmente, mas agindo localmente, atraem investimentos e transformam a região em um pólo dinâmico.
Referências:
GALVÃO, O. J. A. Clusters e distritos industriais: Estudos de casos em países selecionados e implicações de política. Disponível em: Acesso