Cloretos
Thiago Ramos Pereira associada à resistência mecânica do concreto (que depende do fator água /cimento) e ao grau de compactação. Dobrando a espessura do recobrimento, multiplica-se por quatro o período de tempo que a carbonatação levará para atingir a armadura. O crescimento do fator água / cimento provoca uma elevação exponencial na velocidade de carbonatação do concreto. A profundidade de carbonatação de concretos com mesma idade, feitos com fator água /cimento 0,5, podem ser 1/3 da observada em concretos com fator água /cimento 0,8. A velocidade de carbonatação depende também da umidade relativa do ar. Umidades relativas em torno de 60 a 80% favorecem em muito a carbonatação. O CEB-FIP Model Code 1990 inova ao definir um recobrimento mínimo ao qual deve ser acrescida uma tolerância de montagem, consumo mínimo de cimento e fator água /cimento máximo. Assim, para concretos expostos ao meio externo em ambientes normais, recomenda-se o recobrimento de 35mm, enquanto que a NBR 6118 especifica um magro recobrimento de 20mm, que muitas vezes é desrespeitado. A profundidade de carbonatação pode ser medida aspergindo-se sobre a superfície de concreto, imediatamente após a fratura, um indicador de pH chamado fenoftaleína. A área não carbonatada é tingida de violeta. B. A Corrosão por Cloretos Os cloretos são integrantes dos aceleradores de endurecimento mais comuns, baseados em CaCl2 . Podem estar presentes também na água de amassamento e, eventualmente, nos agregrados. Em regiões próximas ao mar ou em atmosferas industriais, só cloretos penetram no concreto durante a fase de uso. Teores de cloretos (Cl) tão baixos quanto 0,3% do peso do cimento implicam em riscos de corrosão em concretos ainda não carbonatados, pois este destrói a camada protetora da armadura. Porém, já foi observado que concentrações bem menores podem causar corrosão generalizada quando dentro da estrutura existem zonas livres de cloretos. A diferença de concentração